Miquéias 7:1-9

1 Que desgraça a minha! Sou como quem colhe frutos de verão na respiga da vinha; não há nenhum cacho de uvas para provar, nenhum figo novo que eu tanto desejo.

2 Os piedosos desapareceram do país; não há um justo sequer. Todos estão à espreita para derramar sangue; cada um caça seu irmão com uma armadilha.

3 Com as mãos prontas para fazer o mal o governante exige presentes, o juiz aceita suborno, os poderosos impõem o que querem; todos tramam em conjunto.

4 O melhor deles é como espinheiro, e o mais correto é pior que uma cerca de espinhos. Chegou o dia anunciado pelas suas sentinelas, o dia do castigo de Deus. Agora reinará a confusão entre eles.

5 Não confie nos vizinhos; nem acredite nos amigos. Até com aquela que o abraça tenha cada um cuidado com o que diz.

6 Pois o filho despreza o pai, a filha se rebela contra a mãe, a nora, contra a sogra; os inimigos do homem são os seus próprios familiares.

7 Mas, quanto a mim, ficarei atento ao Senhor, esperando em Deus, o meu Salvador, pois o meu Deus me ouvirá.

8 Não se alegre a minha inimiga com a minha desgraça. Embora eu tenha caído, eu me levantarei. Embora eu esteja morando nas trevas, o Senhor será a minha luz.

9 Por eu ter pecado contra o Senhor, suportarei a sua ira até que ele apresente a minha defesa e estabeleça o meu direito. Ele me fará sair para a luz; contemplarei a sua justiça.

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